Abelhas sem ferrão II

 Apesar de não possuírem ferrão, as abelhas sem ferrão não são indefesas. Elas desenvolveram várias estratégias para se defender de seus inimigos. A forma mais conhecida de defesa é aquela na qual a abelha enrola-se nos cabelos e pelos do agressor, grudando própolis e mordendo-o, como faz a Trigona truculenta (sanharão) e a T. spinipes (irapuá). Já a Oxytrigona tataira (tataíra), libera ácido fórmico produzido pelas suas glândulas mandibulares, ao morder o inimigo. Esse ácido queima a pele atingida.

A construção de câmaras de ninhos falsas, entradas camufladas e odores desagradáveis também fazem parte da estratégia de defesa dos meliponíneos. A espécie Melipona subnitida (jandaíra), por exemplo, constrói entradas bem estreitas para os ninhos, de forma que apenas uma ou poucas abelhas possam passar por vez. Adicionalmente, algumas abelhas ficam de guarda na passagem, para impedir a entrada de intrusos. Outras espécies fecham a entrada com cera e resina quando se sentem ameaçadas e só reabrem a entrada quando o perigo já passou.

Alguns desses mecanismos de defesa podem ser observados na Figura 2.

Apresentação3

Postado em 09/07/2015